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Juliana Pessoa

Psicóloga Clínica

CRP 05/78839

Tratamento para Dependencia Quimica: O Que Esperar

  • Foto do escritor: Juliana Pessoa
    Juliana Pessoa
  • 10 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de mai.

Ilustração vetorial com símbolos de tratamento para dependência química: cérebro, remédio, proibição e proteção.

É comum que pessoas que enfrentam dificuldades com o abuso de substâncias acabam buscando ajuda tardiamente. Na maioria das vezes, esse adiamento tem a ver com medo ou vergonha: medo e vergonha do julgamento, medo de fracassar, medo de não serem compreendidos.

É sobre essas perguntas e medos que quero falar com você neste texto. Vou resumir como é o tratamento para dependencia quimica. Quanto mais souber sobre como o tratamento psicológico funciona, mais fácil e leve pode ser o primeiro passo.


A dependência como um transtorno — e não como um desvio de caráter


Um passo importante do trabalho terapêutico é descontruir mitos sobre a dependência e esclarecer verdades. É bastante frequente o paciente relatar sentimentos de culpa e vergonha por não conseguirem parar de usar sozinhos.


Contudo, a ciência pontua que a dependência é um Transtorno Mental crônico e multifatorial. Ou seja, ela não é uma escolha ou um desvio de caráter, mas sim, um problema de saúde que envolve alterações neurobiológicos, fatores genéticos, traumas e aspectos do ambiente social. Ou seja, a dependência não é falta de caráter .

Esse entendimento da doença deve ser ofertado, geralmente através da psicoeducação. Nessa etapa, o terapeuta explica os conceitos do sistema de recompensa do cérebro e como ele se modifica com o uso contínuo de substâncias; também discute-se sobre o por que é tão difícil manter a abstinência sem apoio e acompanhamento.


Gatilhos, padrões e estratégias de enfrentamento


A terapia, então, avança para a identificação ativa de gatilhos, internos e externos, que intensificam o desejo de usar. Com a colaboração do paciente, esses gatilhos são identificados e nomeados, trazendo-os à consciência e interrompendo o automatismo do comportamento de uso anterior.


Após essa etapa, paciente e terapeuta desenvolvem e criam as estratégias de enfrentamento para lidar com os momentos em que um gatilho é identificado e a vontade de usar surge.


Recaídas são parte do processo


Outro ponto que costuma gerar angústia em quem busca tratamento é a possibilidade de recaída. Muitas pessoas acreditam que, se recaírem, isso significa que “ele falhou” ou que elas não têm jeito.


A recaída no tratamento para dependência não significa falha, ela é compreendida como como uma fase integrante e potencialmente instrutiva da terapia. Eventuais recaídas oferecem a oportunidade de identificar fragilidades a serem trabalhadas na psicoterapia, um espaço de reflexão sem punição ou culpa.

A maneira como lidar com as recaídas é, ao invés de ser vista com desânimo, a recaída deve ser encarada como um momento de aprendizado que possibilita o refinamento das estratégias de enfrentamento preexistentes e o desenvolvimento de novas ferramentas e recursos internos,

A análise detalhada das circunstâncias que envolveram a recaída permite ajustar o plano de tratamento, para a consolidação de uma recuperação a longo prazo e a prevenção de futuras recaídas


É possível mudar. Buscar ajuda para a dependência não é um sinal de fraqueza — é um ato de coragem e maturidade.

A terapia cria um espaço onde você possa reencontrar o poder de escolha. Muitas vezes, o uso compulsivo da substância rouba esse poder — e o tratamento é um caminho de retomada.



Se você sente que chegou a hora de olhar para essa questão com mais cuidado e quiser conversar sobre isso com alguém preparado para te ouvir com respeito, sem julgamentos, sinta-se a vontade para entrar em contato comigo.


(21) 98339-0428 (Whatsapp)






 
 
 

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